Inscreve-te aqui para participar presencialmente na escola ou envia-nos DM pelo Instagram para participar online.
Quantas vezes te disseram que a revolução é impossível? Quantas vezes tiveste de ouvir dos teus colegas de trabalho ou de turma, dos teus amigos, da família, que essas tuas ideias são uma utopia e que mais valia esquecê-las? Quantas vezes denunciaste as atrocidades do sistema, desde o genocídio em Gaza até à falta de casas ou empregos dignos, e te disseram que és uma chata e que não consegues mudar as coisas?
Querem convencer-nos de que o sistema capitalista é eterno, e que nada nem ninguém acabará com este pesadelo. Por isso, arrancam-nos a memória, ocultam-nos o que aconteceu e com foi, é e será a revolução. Sim, porque as revoluções não são um sonho, mas sim uma necessidade. E porque existiram, triunfaram, degeneraram também e voltaram a interpelar-nos nestes momentos de guerra imperialista e genocídio.
Vamos dedicar às revoluções passadas, das quais podemos aprender muito para combater a barbárie atual, a Escola de Verão da Izquierda Revolucionaria que celebraremos nos dias 11, 12 e 13 de julho, no Espaço Rosa Luxemburgo em Madrid, e também online.
Uma escola para a reflexão coletiva sobre as experiências revolucionárias mais significativas do século XX e as conclusões que podemos retirar para os combates atuais. Três dias nos quais abordaremos as principais controvérsias e polémicas do movimento comunista, entraremos a fundo na história do bolchevismo e do Outubro soviético, falaremos sobre a Liga Espartaquista e a revolução alemã, sobre o papel de Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht, sobre a traição da social-democracia, sobre a ascensão do fascismo e do nazismo, e as diferenças e paralelismos com a situação atual.
Três dias nos quais debateremos amplamente a revolução espanhola, a Segunda República, o PCE, o POUM e o anarcosindicalismo, a insurreição operária após o golpe militar de Franco, as coletividades agrárias, os comités de controlo operário, as milícias e o Exército Popular Republicano. Também sobre o papel excepcional das Brigadas Internacionais, a ajuda militar da URSS e a posição de Stalin, as barricadas em Barcelona durante o levantamento de Maio de 1937, e por que finalmente Franco saiu vitorioso.
No sábado à tarde celebraremos uma grande assembleia pública a partir das 19h sobre a greve do metal em Cádis, uma luta operária que escreveu uma página memorável da história do movimento operário, e que foi uma lição de dignidade contra o patronato, a burocracia sindical e a repressão policial. Clica aqui para conheceres os detalhes da assembleia.
E à noite, uma festa contra a repressão ao movimento estudantil e em apoio às 7 de Somosaguas, as nossas companheiras processadas por protestarem pacificamente contra um evento da extrema-direita na Faculdade de Políticas da Universidad Complutense de Madrid.
Concluiremos a Escola no domingo de manhã com uma discussão fundamental: a luta contra o genocídio sionista em Gaza, as guerras imperialistas e o militarismo. Abordaremos a disputa pela hegemonia mundial e a ascensão da Rússia e da China, incluindo a natureza de classe dos seus regimes e os debates que se estão a desenvolver na esquerda à volta desta questão. Também analisaremos a guerra imperialista na Ucrânia, as políticas de rearmamento, o avanço do trumpismo e da extrema-direita global, e a falência da social-democracia. E debateremos as propostas programáticas e estratégicas para construir uma alternativa comunista.
Sim, a revolução é possível também hoje. Mas não cairá do céu. É necessário prepará-la conscientemente, com militância, formação e sem sectarismos.
Convidamos todas e todos a participar nestes três dias de debate, reflexão e convivência fraternal entre jovens e trabalhadores que queremos fazer a revolução.
Esperamos por ti nos dias 11, 12 e 13 de julho na Escola de Verão de 2025 da Izquierda Revolucionaria.
Programação
Sexta-feira, 11 de julho
Bolcheviques no poder: A Revolução Russa.
(15h30-19h00 horas em Portugal)
Bolchevismo e menchevismo · O primeiro ensaio: a revolução de 1905 · Lenin e Trotsky: as polémicas anteriores a 1917 · A Grande Guerra imperialista · Cartas de Longe e as Teses de Abril: como Lenin colocou a luta pelo poder · As palavras de ordem e as táticas do bolchevismo sem mistificações · O golpe de Kornilov e a frente única · O Estado e a Revolução · A arte da insurreição: Todo o poder aos sovietes! · Os primeiros decretos do poder soviético · Intervenção imperialista e contrarrevolução: o Exército Vermelho e a guerra civil · Kronstadt 1921 e a revolta majnovista · A Internacional Comunista nos tempos de Lenin · Bolchevismo e questão nacional: a constituição soviética e a luta contra o nacionalismo grão-russo · A mulher na revolução: o papel do Zhenotdel e a libertação sexual · Cerco imperialista, fome e crise: os problemas da edificação socialista · Recuos: o que foi a NEP? · O último combate de Lenin contra a burocratização do partido e do Estado operário · A Oposição de Esquerda e a ascensão do estalinismo.
Sábado, 12 de julho
Da Liga Espartaquista ao KPD: Revolução Alemã
(8h30-12h00 horas em Portugal)
O SPD: revisionismo, centrismo e marxismo · Lenin e Rosa Luxemburgo: controvérsias e confluências · Os internacionalistas alemães e a Primeira Guerra Mundial: O principal inimigo está em casa! · A fundação da Liga Espartaquista · O USPD e a ascensão das lutas operárias · Alemanha em revolução: a insurreição dos marinheiros de Kiel e o colapso do império · A República dos Conselhos Operários: a social-democracia e a sua frente única com os militares e a burguesia · A fundação do KPD: ultraesquerdismo e marxismo · A insurreição operária em Berlim: Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht assassinados · A República de Weimar e a contrarrevolução · O golpe de Kapp: o nascimento do nazismo · A unificação do KPD com o USPD · A paz de Versalhes e a catástrofe económica · O triunfo do fascismo em Itália e a política de frente única da Internacional Comunista · A revolução de 1923: a grande oportunidade perdida.
Trabalhadores armados: República e revolução espanhola
(14h00-1h30 horas em Portugal)
Do triénio bolchevique à ditadura de Primo de Rivera · A revolução bate à porta: a proclamação da Segunda República · Colaboração de classes: o primeiro biénio republicano-socialista · O anarcossindicalismo · O estalinismo e a teoria do social-fascismo · Hitler chega ao poder · A CEDA e o fascismo de raiz hispânica · As Alianças Operárias · Outubro de 1934 · A viragem à esquerda das JJSS · A Esquerda Comunista, o BOC e a fundação do POUM · Rumo à Frente Popular · Golpe militar e insurreição proletária · Controlo operário nas fábricas, coletividades agrárias, comités revolucionários · Das milícias ao Exército Popular Republicano · O comité de Não Intervenção · O apoio de Hitler e Mussolini a Franco · As Brigadas Internacionais · Revolução e contrarrevolução: Barcelona, maio de 1937 · Os Amigos de Durruti · Repressão contra o POUM e assassinato de Andreu Nin · Os 13 pontos de Negrín · O avanço dos exércitos franquistas · O colapso da Segunda República · O pacto Ribbentrop-Molotov: Stalin liquida a revolução espanhola. Hitler tem as mãos livres.
Assembleia pública
A greve do metal de Cádiz faz história
(18h00 horas em Portugal)
Nestes 13 dias de greve histórica, milhares de trabalhadores contaram com o apoio da população de Cádis e da classe trabalhadora e da juventude em todo o Estado espanhol. Desafiando a burocracia da UGT e da CCOO, votando NÃO em assembleias democráticas a um acordo miserável e denunciando a paz social que enriquece os patrões e nos empobrece, a greve do metal escreveu uma página memorável como um exemplo de consciência e dignidade operária. Convidamos-vos para esta grande assembleia pública com os companheiros da CTM e da CGT, protagonistas diretos desta grande rebelião operária. Será um dia inesquecível para conhecer de perto tudo o que aconteceu, solidarizarmo-nos com os companheiros detidos e do qual tiraremos muitas conclusões positivas para continuar a luta. Clica aqui para mais informações sobre a assembleia e aqui para o artigo da Izquierda Revolucionária sobre a greve do metal.
Com as intervenções de: Manuel Balber e Chema García · Coordenadora Trabalhadores do Metal Baía de Cádis (CTM) | Antonio Muñoz · Trabalhador do metal San Fernando CGT e membro da Izquierda Revolucionária | Carlos Ochoa · Sindicato de Estudiantes | Marina Mata · Izquierda Revolucionaria
Festa em apoio às "7 de Somosaguas"
(20h00-23h00 horas em Portugal)
A 24 de março, sete estudantes, na sua maioria militantes do Sindicato de Estudiantes e Contracorriente, foram acusados pela polícia do Estado espanhol de desordens públicas e crime de ódio. Qual é a razão deste atropelo antidemocrático? Participar numa manifestação estudantil pacífica contra a presença do fascista Iván Espinosa de los Monteros na Faculdade de Ciências Políticas do Campus de Somosaguas (UCM). Para mais detalhes lê aqui o manifesto da campanha e aqui a entrevista a Coral Latorre, secretária-geral do Sindicato de Estudiantes e uma das 7 de Somosaguas.
Domingo, 13 de julho
Genocídio sionista em Gaza, guerras imperialistas e militarismo
Uma alternativa comunista para um mundo em chamas
(9h00-12h30 horas em Portugal)
Genocídio e limpeza étnica contra o povo palestiniano, a cumplicidade do imperialismo ocidental e a luta pela Federação Socialista do Médio Oriente · A luta pela hegemonia mundial e o declínio dos EUA · Que interesses defendem os governos da China e da Rússia? Os debates na esquerda · A guerra imperialista na Ucrânia e a derrota da NATO · Os novos planos de rearmamento: o que procura a burguesia da Europa? · A ascensão do trumpismo e da extrema-direita global: como caracterizá-la? · A bancarrota da social-democracia e a crise da nova esquerda reformista · Propostas programáticas e estratégicas para construir uma alternativa comunista.