No passado dia 21 de Outubro, Sábado, estavam convocadas, em dezenas de cidades por todo o país, manifestações contra a calamidade dos incêndios deste ano. A morte de mais de 100 pessoas e o cenário de completa devastação de centenas de milhares de hectares de floresta criaram uma justa onda de indignação que exige respostas.

Por detrás desta catástrofe estão as políticas das últimas décadas levadas a cabo pelos sucessivos governos do PS, PSD e CDS. Tanto a nível nacional como local. Já o dissemos antes, a austeridade e os cortes matam. Neste caso a privatização, o desmantelamento de serviços públicos (de emergência e protecção civil) e a liberalização do eucalipto, são o cocktail que deitou fogo à nossa floresta.

As mobilizações de sábado não foram organizadas pela esquerda e os sindicatos, como deveriam ter sido e como ainda poderão ser, pois é a esquerda que tem a responsabilidade e obrigação de estar na dianteira da luta pela reconstrução de serviços de qualidade, 100% públicos e geridos democraticamente, que protejam a floresta e as populações, assim como na dianteira da luta por uma verdadeira reforma florestal democrática, sob controlo de quem vive da e na floresta.

Na ausência dessa liderança, foi a direita que, de forma mais ou menos declarada, tentou cavalgar a onda de indignação. Denunciamos o seu oportunismo obsceno e hipócrita. Os responsáveis pela calamidade nunca poderão ser representantes da indignação contra a mesma!

Neste contexto, um grupo de militantes do Movimento Alternativa Socialista (MAS) esteve presente na manifestação marcada em Lisboa para denunciar o papel dos sucessivos governos (PS, PSD e CDS). Em poucos minutos a máscara “apartidária” da direita caiu e estes companheiros foram expulsos violentamente do protesto exactamente pela denúncia que faziam das responsabilidades da direita.

O Socialismo Revolucionário está solidário com estes companheiros e lança um apelo à esquerda para que lidere esta luta, não apenas no parlamento, mas nas ruas — contra os incêndios, por serviços 100% públicos e democráticos e por uma reforma florestal democrática!

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