A política anti-imigração teve um novo episódio dantesco nos EUA. Desde 19 de Abril até ao final de Maio mais de 2.000 crianças, incluindo bebés, foram separadas dos seus pais e colocadas em centros de detenção infantis. O mais grave, no entanto, é que Trump já não é a excepção, mas a regra de uma classe dominante que não consegue disfarçar a continuada crise do seu sistema.

Desde 2014 mais de 14.000 pessoas morreram no Mediterrâneo, impedidas de viajar em segurança pela Europa Fortaleza, que ao invés de acolher os que fogem das guerras e abusos que causa em África e no Médio Oriente, ainda suborna governos autoritários, como o Turco, para manter o máximo de gente fora do seu território. Para os que chegam não lhes reserva melhor sorte. O governo húngaro criminaliza quem apoia os refugiados que conseguem passar os seus muros. A Itália fecha os seus portos. A França e a Alemanha empurram quem lhes pede asilo para os “países de entrada”. O governo português não está isento, está entre os que mais pedidos de asilo rejeita: 64%!

Vivemos uma escalada alarmante de proteccionismo, autoritarismo e racismo pelo mundo. Para salvar a cara aos verdadeiros culpados da crise, o 1% mais rico, a classe dominante aponta baterias aos imigrantes, aos refugiados, aos muçulmanos, aos negros, aos ciganos. São as armas vendidas à Arábia Saudita, a destruição da Líbia e da Síria, a exploração neocolonial de África. O problema não é Trump, é o capitalismo. Nesta hora recordamos as palavras de Malcolm X “Não pode haver capitalismo sem racismo”. Exigimos o fim das deportações e o controlo democrático do acolhimento de refugiados pelas organizações laborais e de apoio aos imigrantes. Ninguém é ilegal! Direitos para todos já!

Trumo é apenas o rosto mais grotesco da barbárie do capitalismo!

É preciso uma alternativa socialista!

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