Na madrugada de 24 de julho uma nova Manada violou e agrediu duas jovens mulheres, de 22 e 23 anos, em Gijón, quando acompanhavam um homem que haviam conhecido previamente para o seu hotel. Pelo caminho, juntou-se outro homem – que não conheciam – e ao chegar ao hotel apareceram mais dois homens. Foi nesse momento que as encurralaram e agrediram, obrigando-as à força a ter relações sexuais com todos eles quando resistiram. Assim sucedeu-se mais uma violação de grupo, fazendo com que as vítimas tivessem que ser atendidas no Hospital de Cabueñes por várias horas. 

Enquanto Livres e Combativas enviamos todos o nosso apoio e solidariedade às jovens que foram vítimas desta agressão machista desprezível, às suas famílias, amigos e amigas. São um exemplo de valentia e determinação. Lutaram e enfrentaram os seus agressores, mostraram uma resistência que lhes poderia custar a vida e denunciaram a violação na mesma madrugada. Dizemos alto e em bom som: companheiras, não estão sozinhas! 

Esta nova violação acontece no mesmo mês em que Samuel foi assassinado e a polícia nega o caracter homofóbico do assassinato. Semanas depois de Juana Rivas ter sido presa por tentar defender os seus filhos de um pai agressor. Enquanto tudo isto acontece, ouvimos a extrema-direita negar a violência que sofremos enquanto mulheres, espalhando o seu ódio homofóbico, racista e misógino, encorajando agressões. Não vamos consentir! Este é o território fértil para que as Manadas atuem: a impunidade que lhes é concedida pelo aparato judicial repleto de franquistas, que considera que nós jovens mulheres e trabalhadoras somos objetos para “usar” e abusar, as vítimas perfeitas para a violência machista em todas as suas formas. 

Por isto saímos às ruas! Não vamos permitir que continuem impunes nem mais uma violação, nem mais uma agressão. No dia 26 de julho manifestámo-nos em frente à Câmara Municipal de Gijón apoiando as vítimas e denunciando os seus agressores e aqueles a quem a justiça patriarcal protege, proferindo sentenças irrisórias e até de absolvição, falando de “abuso” ao invés de violação ou julgando publicamente as vítimas e não os agressores. A nossa força real está nas ruas, e só assim conseguiremos, como já o fizemos noutras ocasiões, que se castiguem os nossos agressores e que as nossas vidas sejam protegidas. Apenas com a luta decidida se combate a violência machista, a justiça patriarcal e o discurso do fascismo que encoraja os nossos agressores. Nem uma agressão sem resposta. Irmãs, não estão sozinhas! 

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