Depois de constantes manobras intimidatórias, ontem e hoje forças militares do regime sionista tomaram vários barcos da Flotilha Global Sumud e raptaram dezenas de ativistas, entre os quais os três cidadãos portugueses Mariana Mortágua, Sofia Aparício e Miguel Duarte. Um ato de pirataria em águas internacionais ou de jurisdição palestiniana! Os ativistas raptados continuam incontactáveis e mantidos em condições que desconhecemos. Mais um crime do Estado genocida de Israel a adicionar à sua infindável lista.

A missão desta flotilha internacional é romper o bloqueio humanitário parte do arsenal de Israel para cumprir ogenocídio do povo palestiniano mas está também a servir para denunciar uma vez mais a continuada colaboração, principalmente nos últimos dois anos, dos governos europeus com o maior massacre deste século. Os navios militares enviados pelos governos italiano e espanhol revelaram não passar de mais um gesto simbólico, recusando-se a entrar na zona marinha traçada unilateralmente por Israel e designada como de guerra, deixando os ativistas da flotilha desprotegidos.

A principal preocupação do governo português foi afastar-se do objectivo humanitário da flotilha. Montenegro garantiu “todo o apoio consular e diplomático” aos cidadãos portugueses — o que na prática significa pouco mais que assegurar acesso a um advogado. O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, diz que Israel garantiu que os cidadãos portugueses são “tratados com dignidade e sem recurso à violência” e que apenas espera ter contacto com eles no domingo devido a um feriado israelita e ao shabat. Confiar no Estado de Israel? Raptos e encarceramentos não violentos? Aceitar colocar as festividades israelitas acima do bem estar dos cidadãos portugueses? Total bancarrota e submissão política ao Estado sionista!

Todos os governos europeus estão em total acordo com o infame “Plano de Paz” anunciado esta segunda-feira por Trump e Netanyahu de levar até ao fim a limpeza étnica do povo palestiniano e transformar Gaza numa colónia partilhada entre EUA e Israel para explorar todas as suas riquezas. É óbvio que não podemos esperar nada deste governos, nem mesmo na defesa dos seus cidadãos — temos de ser nós, trabalhadores, com a greve geral de massas a obrigá-los a cortar todas as relações económicas e diplomáticas com o regime sionista genocida!

Dezenas de milhares de estudantes do Estado espanhol enchem hoje as ruas em greve, a exigir que as centrais sindicais do seu país convoquem a greve geral. A classe trabalhadora italiana já havia levado a cabo uma greve geral multitudinária dia 22 — obrigando o governo de extrema-direita de Meloni a enviar o navio militar — e volta a convocar uma nova greve geral para amanhã. É este o caminho! Também a CGTP tem de passar das palavras ao atos e, com o apoio de sindicatos e organizações combativas, convocar uma greve geral contra o genocídio e em defesa dos direitos dos tripulantes da flotilha raptados. É preciso atacar os interesses económicos e financeiros que tornam possível o massacre dos nossos irmãos e irmãs em Gaza e obrigar o governo português a cortar todos os laços com o regime sionista!

Greve Geral contra o genocídio e pelos ativistas da flotilha! Parar tudo!

Cortar todas as relações económicas e diplomáticas com o regime sionista genocida!

Demissão do Ministro dos Negócios Estrangeiros Paulo Rangel!

JORNAL DA ESQUERDA REVOLUCIONÁRIA

JORNAL DA LIVRES E COMBATIVAS

Sindicato de Estudantes

Os cookies facilitam o fornecimento dos nossos serviços. Ao usares estes serviços, estás a permitir-nos usar cookies.